A única pessoa com quem se pode comparar

Em todas as pessoas existe a tendência da comparação. Não há ninguém que não o faça. Ou porque alguém já conseguiu algo que ainda não conseguiu, ou porque a pessoa tem aptidão para algo que ainda não tem. Estamos em constante comparação.

Pode ser algo que já existe em nós desde crianças, mesmo de forma inconsciente, pois existe uma tendência na sociedade em estar sempre a comparar as pessoas. Quando se chega à vida adulta esta tendência de comparação continua a existir. Enquanto empreendedora dinamizo grupos onde ajudo pessoas que não estão satisfeitas com a sua vida profissional, a descobrirem o seu propósito e ajudo-as passo a passo a transformarem isso no seu negócio. Nestes grupos existe muita partilha e interação entre todos e, se por um lado é positivo porque todos aprendem uns com os outros, por outro lado noto que existe alguma comparação. Ou porque o colega já tem o seu propósito avançado e já está a implementar ou porque o propósito do colega é mais fácil de implementar, entre outras coisas.

Algo que me faz refletir e que comecei a aplicar muito na minha vida é: comparação sim, mas comparação justa. Isto é, não podemos compararmo-nos com alguém que teve uma vida diferente da nossa, que tem uma personalidade diferente, que é uma pessoa diferente de nós. As experiências daquela pessoa tornaram-na naquilo que ela é hoje e é normal que qualquer interação e ação que ela tenha gere resultados diferentes dos nossos. Então não podemos estar a comparar duas coisas que não são iguais, não seria justo.

Com quem nos devemos comparar?

Se tem tendência a comparar, compare coisas iguais. E sabe qual é a única coisa que é igual a nós mesmos? Nós! Não há mais ninguém no mundo exatamente igual a nós, então se é para comparar sejamos justos e vamos comparar com a única pessoa que é comparável, nós mesmos.

Em primeiro lugar compare-se, perceba que pessoa é e que pessoa pode ser e até que pessoa foi no passado. Pense em tudo o que conseguiu concretizar, compare-se com a pessoa que era há um ano, repare nas coisas que conseguiu fazer. Vanglorie-se e congratule-se por todas as coisas que conseguiu conquistar e compare-se com a pessoa que se quer tornar no futuro. Faça o que tiver que fazer para ser essa pessoa, pois será uma comparação mais justa.

A competição está muito incutida desde a escola, nos desportos, entre outros, mas nós temos de ser o nossos maiores adversários. Pense como é que pode superar os seus resultados, como é que pode fazer melhor hoje do que fez ontem e como é que pode fazer melhor amanhã. Para mim essa forma de estar e pensar tornou-se um motivador para ser todos os dias, nem que seja 1% melhor. É muito bom se todos os dias for 1% melhor do que ontem, por exemplo a desenvolver competências, habilidades, a sair mais da zona de conforto. Ao falar neste 1% todos os dias, no final do ano será um total de 365% melhor na sua forma de estar.

Então compare-se, mas de uma forma justa. E a única forma justa de fazer comparações é comparar o que é comparável, que é consigo mesmo!

Ana Cristina Rosa

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