O que eu fiz enquanto empreendedora e o que, inclusive, vejo muitos empreendedores a fazer é tornarem-se escravos do seu negócio.
Por isso, vou partilhar consigo como é que pode parar, avaliar, observar e perceber que passos necessários deve dar para não cometer os mesmos erros que eu cometi. Ou seja, quais as estratégias para criar um negócio que trabalhe para si e não um negócio para quem você trabalhe.
Apesar de existir a ideia, e eu própria ser uma defensora, de que empreender é realmente algo que dá uma grande sensação de realização pessoal, aquilo que noto é que muita gente só fala do lado cor-de-rosa do empreendedorismo e, por isso, sinto que o meu papel é também mostrar todos os desafios que temos de ultrapassar para chegar realmente ao negócio que sonhamos alinhado com o estilo de vida que queremos criar.
O momento em que eu percebi, nitidamente, de que não tinha um negócio alinhado com o estilo de vida que queria para mim tem uma data específica – dia 22 de outubro de 2014, o 1º aniversário da minha filha Laura. Em 2011 havia criado o meu negócio e apesar dos rendimentos ficarem muito aquém das minhas expetativas, continuava apaixonada pela ideia de poder fazer algo que vibrava comigo, trabalhar alinhada com o meu propósito de vida, como eu dizia.
Mas naquele dia 22 de outubro de 2014, algo mudou. Passamos um dia espetacular em família, de manhã fizemos uma sessão fotográfica a 3, depois fomos almoçar e à noite tivemos um jantar com a família e amigos. “Como eu gostava de ter mais dias assim”, lembro-me de pensar ao final do dia. Tive que avisar com muita antecedência à empresa com a qual tinha parceria que não podia dar formação nessa data. Desde os 2 meses da Laura que tinha regressado ao trabalho. E apesar de ser apaixonada pelo que fazia, não me sentia feliz. A minha vida profissional não era compatível com a minha vida familiar.
Queria ter tempo para estar com a minha pequena Laura, para passearmos, viajarmos, mas passava os dias a trabalhar.
Fins-de-semana ocupados com workshops, formações em horário pós-laboral. Sentia-me numa encruzilhada.
Amava o que fazia, mas se não trabalhasse não ganhava. Não me podia dar ao luxo de tirar férias, o meu negócio parava quando eu não estava, e eu sentia-me prisioneira do meu próprio propósito. Isto não me saia da cabeça, acordava e deitava-me a pensar nisto.
Não acredito no provérbio castrador de que “Nós nunca podemos ter tudo”, pois fazem-nos acreditar que temos sempre de abdicar de algo e eu durante imenso tempo acreditei nisso.
Eu adoraria ter tido este momento de reflexão no início do meu negócio. Aquilo que eu me apercebo é que a maior parte dos empreendedores, primeiro criam o negócio e só depois quando este está a meio começam a pensar em questões como “Qual é o negócio que eu quero criar?”, “Qual o estilo de vida que eu quero ter?” e “Como é que eu quero que sejam os meus dias?”.
O leitor tem de responder a estas questões, não pode deixar estas questões para uma fase em que já tem a máquina a funcionar em piloto automático e já só de uma forma dolorosa é que consegue voltar atrás.
Muitos sofrem do que eu chamo a Síndrome do empreendedor rato, porque não pensaram em nada disto. A estrutura de negócio tem de encaixar na sua vida e não ao contrário. Embora se acredite que ser empregado é pior do que ser empreendedor, a verdade é que várias pessoas sentem que são auto empregados. Nós podemos ser ainda mais ratos enquanto empreendedores, pois, enquanto empregado, pode sair do seu trabalho se não estiver feliz, mas se construir um negócio seu não vai desistir dos seus sonhos.
Para que nada disto lhe aconteça, vamos ser empreendedores com cabeça, tronco e membros!
Primeiro pense que tipo de negócio quer ter, que tipo de negócio lhe serve a si à sua família e quais são os seus requisitos inegociáveis. Aconselho-o a escrever num papel quais são os requisitos para que o seu negócio seja alinhado com o que você quer criar.
Quando eu comecei não deixei tudo claro, e tornou-se muito mais desafiante restruturar tudo quando fui mãe.
É recorrente que o entusiasmo de uma ideia inicial nos deixe embriagados e que nos leve a achar que tudo se resolve. Por isso devemos pensar a longo prazo, que é ter, como eu chamo, uma visão de águia.
Com tudo isto, quero deixar-lhe alguns insights que me tinham dado imenso jeito quando comecei:
Pode fazer, mas se esse “fazer” não estiver alinhado com quem quer ser, com a vida que quer construir, não vai ter a vida e os resultados que quer. Até pode ter os resultados financeiros, mas isso não é tudo. É possível termos liberdade de tempo, liberdade financeira e sermos apaixonados pelo que fazemos. Você tem que estar em controlo do seu trabalho e não o contrário.
A primeira vez que ouvi falar de passivos, achei impossível. Fazer dinheiro enquanto estou a dormir? Como?!
A solução está em deixar de trocar tempo por dinheiro. Como assim?
Reflita: o seu dia tem 24 horas, trabalha oito horas, ganha x; se quer aumentar o seu rendimento passa a trabalhar mais horas e passa a ganhar mais x; e assim sucessivamente, se quer aumentar o seu rendimento. Tendo em conta que dessas 24 horas ainda tem de tirar tempo para dormir, comer, fazer as suas necessidades, parece-me que fica limitado. Tirando a parte em que deixa de ter tempo livre para desfrutar do aumento de rendimentos.
Nós só temos 24 horas no dia, o nosso rendimento não pode ter como base uma coisa tão escassa como o tempo. Foi aí que eu decidi passar o meu negócio para o online!
Faça uma lista de todas as opções que podem existir na sua área que possam ser levadas para o online. Pois, hoje em dia, pode estar a dormir e a criar uma fonte de rendimento passiva.
Pense no seu negócio, como poderia transformá-lo num negócio o mais alinhado possível com o estilo de vida que quer criar?
Tem um negócio de roupa, que tal criar uma loja e-commerce onde os clientes possam fazer as suas encomendas enquanto está a dormir.
Tem um negócio de serviços um a um que tal criar cursos online onde pode chegar a mais pessoas em menos tempo.
Tem paixão por escrever, que tal criar e-books que possa colocar na internet a venda.
Seja criativo!
Por vezes, pessoas dizem-me: “Ana, mas eu não tenho um negócio grande o suficiente para delegar.”
Você nunca terá um negócio suficientemente grande se não delegar, porque é impossível fazermos tudo completamente sozinhos e estarmos em todas as frentes do nosso negócio. Se tentar estar em todo o lado, existem frentes importantes que vão ser deixadas de lado.
Por exemplo, se estiver ocupado a criar o seu website, os posts para as suas redes sociais, os seus emails e a criar tudo e mais alguma coisa, como é que vai ter tempo de estar na fila da frente? Não tem tempo para tudo!
Claro que sei, até porque já passei por isso, que no início os nossos rendimentos não são tão altos para podermos contratar equipas a full-time, mas isso não o impede de começares a delegar. Pode delegar 10 horas por mês e à medida que os seus rendimentos aumentam, aumentam também as horas que delega.
É importante começarmos a delegar, nem que sejam pequenas coisas no nosso negócio, porque são esses detalhes que te vão retirar energia para fazeres outras coisas mais importantes.
Não pense que se delegar vai ganhar menos, porque quanto mais delega mais o seu negócio cresce!
Pegue numa folha e escreva o que pensaria, com quem conversaria, o que falaria num dia ideal. Inspire-se pelo teu dia perfeito todos os dias. O poder de visualização é muito importante, porque a nossa realidade é criada na nossa mente.
Eu fiz muitas coisas erradas, mas se há coisa que eu fiz bem foi trabalhar a minha mente, porque eu acredito que um negócio de sucesso é feito de 80% mindset e 20% técnica.
No dia do 6º aniversário da Laura, 22 de outubro de 2019, pusemos mais um pin no mapa dela. 16 países visitados.
O meu negócio não parou, pelo contrário cresceu mais do que nunca, durante estes anos. E com ele cresceu também o tempo que eu tenho hoje para passar com a minha família. Porque se é para ter um negócio que seja algo que nos preencha em todas as áreas da nossa vida.
Para além de estratégias, o que eu quero mesmo é inspirá-lo. Torne bem clara a visão do estilo de vida que quer ter com o seu negócio. Deixe de trocar tempo por dinheiro e tenha uma visão de águia e antecipe oportunidades.
Ana Cristina Rosa
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